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Não é tristeza ... é só ...

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Não sei como explicar o que sinto as vezes. Esse sentimento pode ser confundido com tristeza mas não sei se essa definição é a correta. Nos nossos moldes, as tristeza é algo ruim, que ninguém procura. E se eu te falasse que me sinto bem com a tristeza? Vai parecer muito estranho?    Sabe aquele dia de chuva que provavelmente você detesta, somado à uma boa xícara de café e um livro? Ouvir o som da chuva lavando a terra, olhar pela janela salpicada de gotas enquanto sente aquele friozinho que provoca um calafrio. Quando é você com você mesmo, imersos em pensamentos, envolvidos em seus sentimentos, os quais se movem tão rápido na alma que não tenho tempo de defini-los, apenas senti-los.    Acredito que todos nós temos esse momentos de reflexão mas sinto que comigo isso ocorre todos os dias. Talvez isso seja bom, talvez não. Pode acabar por me limitar a um mundo pensativo demais. Mas sinceramente? Prefiro pensar demais à ficar limitado numa alegria construída pelos out

Deslocamento

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   Não sei quando nem como esse sentimento apareceu mas é extremamente presente em meus dias. Parece-me que veio aos poucos, ganhando espaço dentro de mim, sorrateiro, foi plantando suas sementes, criando raízes profundas no terreno da minha alma e, até o presente momento, não vejo forma de serem arrancadas. Esse deslocamento que sinto, na maioria das vezes, me faz pensar. Pensar na vida, nas coisas, nas pessoas, nos costumes, no mundo, no quão pequenos e insignificantes somos perante o universo e em mais uma infinidade de coisas que nem eu consigo descrever. Como é possível eu ter tantas dúvidas e pensar em tantas coisas assim sem entrar em paranoia? Talvez os loucos enxerguem - e aqui me refiro não à enxergar duendes e outras coisas - mais a realidade do os ditos normais. Talvez eles percam a sanidade por enxergar além do que somos direcionados a enxergar. Tudo o que você e eu vemos já estava aqui, construido e incutido no nosso ser. Será que tudo que você e eu conhecemos é a realid

Estados da Alma

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   Talvez, observar, seja minha atividade preferida. Sabe quando você fica em silêncio, apenas conversando com você mesmo e olhando o mundo ao redor? Sabe quando parece que tudo está em câmera lenta, e a essência das coisas saltam aos olhos e aos sentimentos? Aquela música de fundo que, mesmo no volume máximo (o que não recomendo), parece estar abafada pela necessidade de alimentar a alma em profundos pensamentos. Quando qualquer palavra audível soa como aquele alarme estridente de segunda-feira.     Não é tristeza, é só ... pensar. Puro e simples pensamento. Observar e pensar na vida. Não importa realmente o que se olha, apenas QUE se olha. É um refletir sem foco, um escutar sem ouvir, um abster-se de tudo. É um momento onde você encontra a si mesmo perdido no deserto de pensamentos. Quando tudo o que importa é que não importa. Onde tudo é calmaria e só se ouve sua própria voz em pensamento como o farfalhar das plantas em uma brisa.    É um momento totalmente subjetivo, todo seu.

Sad Clown

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   Acredito que todos procuram uma forma de se definir. E, depois de 30 anos, achei a definição perfeita para mim. Baseado no que já vivi, no que sinto dentro de mim, encontrei a forma mais próxima que posso exprimir em nossa cultura humana limitada. Sou como um palhaço em um picadeiro. Um "Sad Clown", um palhaço triste. No picadeiro da vida, vivo encenando e atuando coisas que, na verdade não sinto. Essa alegria demonstrada não está presente na minha alma. Como um ser pensante, não consigo compactuar com as regras, costumes e morais que existem nesse mundo. Talvez todos nós sejamos palhaços de um circo armado a muito tempo, onde precisamos demonstrar atitudes que não seriam de nossa escolha mas que são necessárias para conviver em sociedade.   E quando me olho no espelho e tiro a "máscara", me enxergo como realmente sou. Nessa hora, meu verdadeiro ser mostra-se e com ele vem a realidade de uma vida sem sentido, distante de tudo e todos. Ao cair da máscara, a a

* Centelha *

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   Acredito que com o passar dos anos, nossas experiências nos tornam, de certa forma, mais cuidadosos com o nosso modo de vida. O que eu quero dizer com isso? Bom, talvez, ao ficarmos mais velhos, façamos as escolhas mais seguras, aquelas que nos trarão menos problemas. Falo isso porque vejo nas pessoas com mais idade um certo ar de cansaço, de desânimo, de, porque não, fraqueza. Não estou dizendo que isso é bom ou ruim, não é uma crítica mas apenas uma constatação.  Será que perdemos aquela fagulha de rebeldia? Acredito que sim.     O que devemos então fazer para nos manter vivos? Nos manter sempre lendo, pesquisando, procurando as respostas. Essa centelha do conhecer, da dúvida é importantíssimo para nosso crescimento pessoal. Sinceramente não consigo me ver não me perguntando sobre as coisas. Uma cabeça aberta para novos assuntos, para várias teorias e inúmeras possibilidades. Para mim, essa é a verdadeira vida! É a de nunca parar de aprender. Espero manter acesa, mesmo co